A Associação dos Escoteiros de Portugal, enquanto for considerada a melhor escola de educação da Juventude (papel no qual a ENFIM tem um papel importantíssimo na formação pedagógica dos seus Chefes), vai preparando os nossos jovens para a vivência e para a assunção das suas futuras responsabilidades Sociais e Escotistas e poderão os dirigentes trabalhar em paralelo com os Pais.
Esta intervenção tem de ser construtiva e em parceria com os outros elementos da comunidade educativa, num respeito mútuo pelas funções de cada um.
É vital que os pais assumam uma postura de compreensão e de respeito pelas opções dos seus filhos.
Não “castiguem” os vossos filhos “tirando-lhes” oportunidades de participar em actividades pedagógicas; antes pelo contrário, incentive-os a ir, a participar.
É preferível “condicionar” o tempo de televisão ou a visita a um amigo, do que uma actividade pedagógica como é o Escotismo.
As opções dos filhos têm que ser marcadas pelas suas tendências, pelos seus desejos e pelas suas vontades, mas nunca pelas nossas protecções.
A orientação que os Chefes dão aos jovens não pode ser considerada num tempo e num espaço restritos, mas deve ser contextualizada num processo mais lato de auto-construção, auto-formação e auto-orientação, em fases progressivas de desenvolvimento.
A necessidade dos Jovens se sentirem apoiados pelos seus pais durante todo o processo no Escotismo deverá ser uma realidade, tendo em conta os seguintes vectores:- Colaborar em actividades directas com/no/do Grupo;
- Discutir quais os interesses para o Grupo com o seu filho;
- Discutir com o seu filho sobre os possíveis riscos, vantagens, deveres, responsabilidades e consequências das diferentes opções.
António Cardoso
Vogal da Direcção Nacional
In Sempre Pronto
Órgão Oficial da Associação dos Escoteiros de Portugal – N.º 515 Ano LV- Abril/Maio/Junho 1999
