segunda-feira, 12 de abril de 2010

História do Concelho de Oeiras

História do Concelho


História do Concelho de Oeiras

O clima ameno, a abundância de água, a qualidade dos solos e a posição geográfica privilegiada oferecidas pela zona ribeirinha do estuário do Rio Tejo foram desde a Pré-história factores determinantes para a fixação da população neste local.



Na época das Descobertas instalam-se novas actividades industriais e comerciais e Oeiras assume funções de celeiro de Lisboa e de centro industrial. Surge assim, a Fábrica da Pólvora Negra de Barcarena destinada à manipulação de pólvora e fabrico de armas, e dá-se também a exploração de pedreiras e a construção de fornos de cal em Paço de Arcos.

Constroem-se também fortificações ao longo da orla marítima de modo a defender a costa e controlar o movimento de navios na entrada da Barra do Tejo (Forte de S. Julião da Barra, Forte das Maias, Forte do Catalazete, Forte da Giribita, Forte de S. Bruno, Forte da Conceição de Algés, Forte de S. José de Ribamar, Forte de S. Pedro).



Em Carta Régia de 7 de Junho de 1759, a jurisdição das terras é atribuída pelo rei D. José I ao seu Primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido por Marquês de Pombal, que se tornou o primeiro Conde da vila de Oeiras.

Decorrido um mês após a elevação a vila, é constituído o concelho em Carta Régia de 13 de Julho de 1759.

Foi durante a jurisdição do Marquês de Pombal que Oeiras conheceu um desenvolvimento a nível económico e social, ao apostar na inovação e no aproveitamento das condições fornecidas pelo estuário do Tejo.



Em 1770, ordenou a realização da primeira feira agrícola e industrial realizada em Portugal. Apesar desta feira ter permitido um destaque a nível nacional, a sua obra municipal passa igualmente pela criação de um porto de abrigo para pescadores, uma alfândega e feitoria, entre outras obras.



Uma das principais heranças desta época é a Quinta do Marquês de Pombal, que se encontra praticamente na forma original com os jardins, o palácio, as dependências agrícolas (adega e o celeiro), e ainda a parte da exploração agrícola que veio a constituir uma estação agrícola experimental onde hoje se situam alguns dos mais importantes institutos portugueses na área das Bio-Ciências (Estação Agronómica Nacional).



No século XIX a actividade agrícola entra em declínio, paralelamente ao aparecimento de novas indústrias e da inauguração em 1889, da linha de caminho-de-ferro Lisboa-Cascais, com o comboio a vapor.

Surgem as grandes unidades fabris sendo as mais importantes nesta época a Fábrica do Papel, a Fundição de Oeiras, a Lusalite e os Fermentos Holandeses.



Entre os séculos XIX e XX crescem também as actividades de lazer, e Oeiras torna-se num local privilegiado de "banhos" para a elite portuguesa. Assim, no princípio do século XX, as praias da linha eram muito frequentadas, especialmente pelas classes sociais mais altas, que aqui se dirigiam por indicação médica, já que se considerava que o ar e a água das praias do concelho tinham efeitos medicinais.



Com a construção da Estrada Marginal, ligando Lisboa a Cascais, e a disponibilidade dos novos meios de transporte, acentua-se a dinâmica balnear e turística de cariz mais popular.



Até aos anos 80 entra-se numa fase de dependência e ausência de perspectivas, altura em que a Câmara Municipal toma medidas de modo a contrariar esta tendência. A partir de então o município constituiu-se como pólo económico autónomo na Área Metropolitana de Lisboa, apostando no desenvolvimento de actividades terciárias ligadas à Ciência e Investigação e às Tecnologias de Informação e Comunicação.



Actualmente o concelho assume-se como a sede de importantes empresas ligadas às novas tecnologias (são exemplo disso o TagusPark e o LagoasPark) e à prestação de serviços.



Oeiras é um dos concelhos mais desenvolvidos. No seu território encontram-se instaladas muitas multinacionais.

O concelho concentra ainda cerca de 30% da capacidade científica do país, sendo um dos principais pólos de I&D da Europa.

Neste momento o Grupo 230, é o único Grupo da AEP que está no Concelho de Oeiras.

 Este trabalho de pesquisa, foi realizado pelo Escoteiro-Chefe de Grupo, António Jorge Barros Cardoso, do Grupo 230 de Caxias, da Associação dos Escoteiros de Portugal.