terça-feira, 6 de abril de 2010

Robert Moreton

                                                           Roberto Moreton


Roberto Moreton, com António Sá de Oliveira e Alvaro Cardoso de Melo Machado foram os pioneiros do escotismo em Portugal.


Roberto  Moreton era filho do reverendo Robert Hawkey Moreton e de Agnes Moreton, casal missionário metodista de origem inglesa em Portugal, que se radicou no Porto em 1871. Robert, (filho) faleceu em 20 de Setembro de 1936, estando sepultado no Cemitério dos ingleses, em Lisboa.


Casou com Laura Júlia Mange em 1 de Setembro de 1905. Deste casamento só há registo do nascimento de um filho, Ernesto Moreton, que faleceu em 23 de Fevereiro de 1909.




Foi, durante alguns anos, secretário da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira em Lisboa. Fez parte, por muitos anos, da direcção da União Cristã da Mocidade do Triangulo Vermelho e do Grupo nº 1 da Associação dos Escoteiros de Portugal. Foi no ano de 1912 que foi criada a 1ª patrulha no Grupo nº 1, na União Cristã da Mocidade de Lisboa (no dia 9 de Abril) com Roberto Moreton, Rodolf Horner (missionário suíço a quem é igualmente atribuída a tentativa de difundir o esperanto na sociedade portuguesa) e Eduardo Moreira (pastor congregacional). O Escotismo ganhou em 1913 a sua própria associação (AEP).

Foto do 1º Grupo em 1913
A Ligação embrionária do protestantismo português ao escotismo é igualmente testemunhado pelo facto de, ainda hoje, encontrarmos os primeiros grupos da AEP nas antigas Igrejas Evangélicas portuguesas, contudo a AEP é actualmente uma associação universalista e interconfessional.
Em 1921, sai editado pelo Grupo nº 1 o “Sempre Pronto”, jornal de escoteiros e para escoteiros.

Em 1922, passados apenas 9 anos da criação do 1º Grupo, é criado o Grupo 23 da AEP, no Mirante, Porto.

Em 1925 a AEP recenseia 1.100 escoteiros, sem contabilizar os dirigentes divididos por cerca de 60 grupos em Portugal e nas Colónias.


ESCOTEIROS - Decreto n.º 3 120-B, de 10.05.1917 - Aprova o regulamento da Associação dos Escoteiros de Portugal, anexo ao mesmo decreto. (DG n.º 71, I Série, 10.05.1917) (Revogado pelo Decreto n.º 8 132, de 08.05.1922 - DG n.º 88, I Série,

08.05.1922). (M.Guerra). Considerando que o escotismo é uma escola de formação do carácter e um meio valioso para preparar a mocidade para o desempenho dos seus deveres para com a Pátria e para com a Humanidade, como tem sido provado nos países em que a instituição se tem desenvolvido; Considerando que o estabelecimento e a generalização desse sistema em Portugal seria um dos melhores processos de avigorar as qualidades da raça portuguesa e de conduzir o País, pelo aperfeiçoamento dos seus homens do futuro, ao grau de prosperidade e grandeza que constitui a suprema aspiração da República e de todos os verdadeiros patriotas: (...) Atendendo aos resultados que a Associação dos Escoteiros de Portugal tem conseguido alcançar e as provas concludentes que esta instituição tem dado sobre a sua capacidade para estabelecer e difundir o Escotismo pelo país, como bem o demonstram os actos de abnegação, coragem e patriotismo praticados pelos seus escoteiros, principalmente por ocasião da revolução de 14 de Maio e nos incêndios do Depósito de Fardamentos e da Escola Naval, actos que têm merecido da parte do Governo e outras entidades oficiais as mais elogiosas referências; Considerando ainda que, embora não sendo uma instituição de carácter militar, o Escotismo é um dos melhores processos de preparar a mocidade para o desempenho dos seus deveres militares, contribuindo assim de um modo muito proveitoso para a realização do programa militar que a República estabeleceu; (...)

O Grupo 230 de Caxias, agradece a ajuda de Vera Cardoso na construção das páginas com as biografias das três personagens pioneiras do escotismo em Portugal.

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